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Sérgio Cabelera

domingo, 28 de outubro de 2018

O Amanhã é uma possibilidade


O Brasil avança em conquista de maturidade enquanto Nação e, mais ainda como Democracia.

Vencemos mais um pleito eleitoral, no qual, em diversos momentos, a própria Democracia se viu agredida e até negada...

Inegavelmente percebemos um país fortemente dividido...

O resultado extraído das urnas (nesse momento em nada questionadas) reflete mais que um resultado eleitoral. Ele deveria expressar o traçado para os dias vindouros. Mas não...

A luta prossegue e precisa prosseguir!!! Encerramos um pleito eleitoral no qual o que vimos e assistimos foi uma campanha da falsa notícia, da anti-notícia, da falsa informação ou sub-informação ou ainda da deturpação da informação... Uma campanha em que venceu a Não-Política, a não apreciação de propostas e também de necessidades. Aqui me recordo do que nos ensina Aristóteles em sua obra A Política: 

(...) *a república ou politia, isto é, o governo popular que cuida do bem de toda a cidade. (Não nos esqueçamos que cidade aqui era o Estado como um todo).

Portanto o que vimos foi uma campanha onde não se refletiu o bem de toda a cidade. Uma campanha que chega ao fim e o eleitorado não sabe ao certo qual foi o programa eleito, quais as principais diretrizes que guiarão os passos de um país para os próximos quatro anos. Uma campanha da qual quem foi eleito negou-se a fazer política; DEBATER!

Pior que isso, estamos diante de uma legitimação de discursos absurdamente anti-humanos; diante da legitimação da exaltação à tortura e à intolerância; diante de uma maioria que preferiu legitimar o discurso pró-armas, embora seu executor se coloque como alguém pró-vida...

Isso tudo é pior, porque comprova que nos encontramos em um momento da humanidade em que a criatura humana tem bem menos valor que as posses e que, na defesa destas, são sobrepujadas, postas ao largo da História tal qual a narrativa do Bom Samaritano, registrada em Lucas 10:25-37, qual aqueles que deveriam dar testemunho do que pregavam, passam ao largo de quem se vê açoitado à margem do caminho...

Mas a História do mundo cristão é repleta de episódios outros em que, em nome do Evangelho de Paz e de Amor, de Acolhimento, cometeram-se barbáries as mais terríveis. barbáries que ainda estamos distantes de superá-las...

Reafirmo que a luta necessita prosseguir. bem como a confiança no amanhã. Peço a Deus e a Seus Emissários que sejamos todos (pseudo vencedores e pseudo perdedores) capazes de corrigir nossos erros e permanecer trilhando o caminho da política proclamada por Aristóteles 300 a.C., buscando o bem comum acima dos particulares e exercendo essa arte em favor da humanidade, como preconiza o Evangelho. 

Peço ainda a Deus que os discursos de extermínio, de perseguição de negação de direitos básicos como a terra e a moradia, entre outros tantos discursos absurdos realizados por Jair messias Bolsonaro, não tenham passado de bravatas eleitoreiras com fins marqueteiros para impressionar multidões enceguecidas e famintas de por barbaridades , ainda que tão somente verborrágicas.

Avante Brasil!!! Avante, a luta não pode cessar. Nenhum presidenciável eleito poderá construir o futuro que queremos se cada um de nós não fizer a sua parte, não der a sua contribuição. 

O Brasil somos todos nós que lutamos todos os dias e que sofremos as dificuldades que sabemos, mas que não desistimos.

Avancemos juntos!!! Nos abracemos juntos e reforcemos em nosso caminhar os gestos humanitários exemplificados no caminho entre Jerusalém e Jericó e reforçados por Paulo, o Apóstolo dos Gentios em sua 1ª Carta aos Corintios, cap. 13**:

1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
3 E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
4 O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
5 Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
6 Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
7 Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
8 O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
9 Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
10 Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
11 Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
12 Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

A mensagem do Cristo e o mundo cristão



O Brasil se insere no mundo contemporâneo como um país composto por uma sociedade majoritariamente adepta do cristianismo. Portanto, uma sociedade que preconiza os preceitos defendidos por Jesus, o Nazareno Galileu.

Observando o contexto atual no qual nos encontramos, notadamente no Brasil, quanto aos valores humanos e ainda mais, os espirituais-cristãos, confesso que me vi acometido de certo espanto, talvez até medo...

Digo isso por observar a distância que se vê entre os valores propostos por Jesus em seu Evangelho (Boa Nova) e aqueles que se têm propagados nesse período eleitoral sob o tecido do seu pseudo público seguidor.

Refletindo a respeito desse aparente contraste, me ocorreu fazer uma breve viagem na História da Humanidade Cristã.

 
 
Primeiramente lembrei-me da ação de Constantino, no ano 313 d.C. imperador romano que, para garantir uma maior sobrevida do seu império, emitiu o Édito de Milão para instituir a tolerância religiosa dentro do império, ação que finalmente pôs fim às perseguições sofridas pelos adeptos do Cristianismo. Essa jogada política ocorreu em Niceia.
 
Nesse contexto, porém, Constantino não descuidou de fazer exigências a seu favor e desde então passou a interferir assiduamente nas decisões do clero de então. Essa decisão do imperador fez aumentar sobremaneira a mistura de crenças antigas com aquelas dos cristãos primitivos. Algo que ainda hoje persiste.

Em 27 de fevereiro de 380, agora em Constantinopla, foi a vez do imperador bizantino Teodósio 1º (347-395) promulgar um decreto declarando o cristianismo religião oficial do Estado Romano e punindo o exercício de cultos pagãos. Mais uma canetada com o mesmo fim político: esticar a existência do maior império que a humanidade conheceu.

Assim os ensinos do Cristo foram sendo “inchertados” com outros tantos afim de serem amoldados aos interesses políticos e temporais, distanciando-se cada vez mais daquilo que realmente o taumaturgo da Galileia nos deixou como ensinamentos.

Dando sequência a tais distorções, vamos experimentar durante os 1000 anos de escuridão da Idade Média as Jihad’s cristãs contra o infiel muçulmano por meio das 8 Cruzadas, que matava, estuprava, roubava e perseguia em nome do Cristo, inclusive tendo uma, em 1212, infantil (embora existam controvérsias). Atitudes diametralmente opos-tas aos preceitos de AMOR ao próximo regis-trados por todos os autores dos evangelhos, inclusive os apócrifos.

Mas não paramos por aí, quanto às distorções dos ensinamentos de Jesus, o Cristo. Vieram também as vendas de indulgências que tanto corromperam os ensinos do nazareno, ao ponto de membros da própria igreja romana passarem a criticar duramente tal prática, culminando na publicação em 31 de Outubro de 1517, por Martinho Lutero afixando na porta da capela de Wittemberg suas 95 teses que resultaram no surgimento do protestantismo, era a Reforma Protestante. Tal gesto do teólogo alemão, foi respondido com mais força e perseguição às suas “ideias heréticas” e punidas, inclusive com processos inquisitoriais finalizados com a condenação à morte, na forca, na fogueira... O amor, mais uma vez era deixado de lado.

Durante o Mercantilismo (do século XIV ao XVIII), as nações cristãs foram exatamente aquelas que invadiram o continente africano e escravizaram seres humanos, tratando-os como não-humanos. Quanto aos indígenas, especialmente os da América Portuguesa, lançou-se sobre eles a famigerada “guerra justa”...

Avançando nos séculos, chegamos ao ano de 1929.

Desde 1922 sob o governo fascista de Benito Mussolini O Estado da Cidade do Vaticano nasceu a 11 de Fevereiro de 1929 (ratificação a 7 de Junho desse ano), na sequência dos Acordos (Tratado de) Latrão, assinados entre a Santa Sé e o Reino de Itália, no caso entre o Papa Pio XI e Benito Mussolini, chefe do Governo fascista italiano. A ascensão de Hitler ao poder teve, no campo diplomático, o auxílio do papado...

Durante os Regimes Ditatoriais da América Latina, notadamente no Brasil, Argentina e Chile, predominou o silêncio das mais diversas correntes do cristianismo com bem poucas exceções.

São páginas terríveis da história do cristianismo. Páginas que demonstram, sem equívoco, como a verdadeira mensagem do Cristo vem sendo negligenciada, alterada e vilipendiada por tantos que se dizem seguidores seus.

Por fim, deixo-vos o pensamento de um dos grandes mestres da teologia e também filósofo, HUBERTO ROHDEN que nos esclarece a respeito do Cristo e do Cristianismo em seu opúsculo QUE VOS PARECE DO CRISTO: A verdadeira mensagem do Cristo é perfeitamente compatível com a mais alta evolução cultural da humanidade – mas não com as nossas teologias cristãs.

Ainda o mesmo autor nos informa:


Mahatma Gandhi respondia a todos os missionários cristãos que o queriam converter: “Aceito o Cristo e seu Evangelho, não aceito o vosso cristianismo”.

Albert Schweitzer, teólogo cristão e filho de um ministro evangélico, escreveu:

“Nós injetamos nos homens o soro da nossa teologia, e quem é vacinado com o nosso cristianismo está imunizado contra o espírito do Cristo.

Abraham Lincoln, um dos maiores presidentes dos Estados Unidos, nunca se filiou a nenhuma das muitas igrejas cristãs que há nesse país, porque estava à espera da igreja do Cristo.

Por que esta discrepância entre Cristo e cristianismo, da parte de pessoas espirituais e sinceras?

Porque é impossível identificar o Cristo com alguma organização religiosa; qualquer tentativa destas é necessariamente uma deturpação e uma falência.

E finalmente nos vemos obrigados, diante do que assistimos, a também concordar com ele ao registrar na mesma publicação: Damos plena razão a Nietzsche que, no princípio deste século, escreveu: “Se o Cristo voltasse ao mundo em nossos dias, a primeira declaração que faria ao mundo cristão seria esta: Povos cristãos, sabei que eu não sou cristão”.

Crônicas Carobenses - A verdade dói

Rapaiz... qui trabai damiséra é esse??!!! Cuma é qui adispois de mais de trinta ano, me vem essa história de Terra toda Plana!?? Inda...