EM NOSSOS DIAS, A CADA DIA QUE PASSA FICA MAIS DIFÍCIL TERMOS ACESSO A PRODUÇÕES ARTÍSTICAS QUE VALHAM TAL TITULAÇÃO. POR ISSO COSTUMO RECORRER AO ARQUIVO E REVISITAR ALGUMAS DELAS GUARDADAS NA REDE MUNDIAL.
ASSIM FOI QUE RESOLVI ASSISTIR NOVAMENTE À ADAPTAÇÃO DO ROMANCE DE MESMO TÍTULO QUANDO NIETZSHE CHOROU, DE IRVIN D. YALOM, UMA OBRA NO MÍNIMO NECESSÁRIA.
O FILME, COMO O LIVRO, É AMBIENTADO NA VIENA DE FINS DO SÉCULO XIX E TRAZ COMO SUAS PERSONAGENS CENTRAIS O FILÓSOFO NIETZSHE E O PAI DA PSICANÁLISE SIGMUND FREUD, AINDA EM SUA JUVENTUDE. SÓ POR ESSES DOIS PERSONAGENS JÁ VALERIA A PENA CONFERIR A PRODUÇÃO (TANTO LITERÁRIA, QUANTO CINEMATOGRÁFICA), MAS O ROTEIRO DO FILME VAI ALÉM DE TAIS MITOS, NOS LEVANDO A UM MERGULHO EM SI MESMOS, VARRENDO NOSSOS CONCEITOS E NOS SUGERINDO REAVALIARMOS NOSSOS SONHOS E NOSSO VIVER MESMO!
A PROPOSTA DE REUNIR NUM MESMO AMBIENTE TAIS PERSONAS, QUE AINDA HOJE REPRESENTAM ÍCONES DA CIÊNCIA MODERNA (EM SE TRATANDO DE PSIQUE HUMANA), É ALGO QUE MUITO BEM SE APLICARIA À CONDUTA SÓCIO-INTELECTO-CULTURAL DE AMBOS, DE MODO QUE TAL EXERCÍCIO REALMENTE NOS APROXIMA DE SEUS UNIVERSOS, ESPECIALMENTE O DO FILÓSOFO.
EVIDENTEMENTE QUE UMA PELÍCULA COM TAL TEMÁTICA NÃO RESULTOU EM ALGO DE FÁCIL DIGESTÃO. PRIMEIRAMENTE ELE NOS CONVIDA - OBRIGA NA VERDADE - A ASSISTÍ-LO COM MUITA ATENÇÃO, E MESMO POR MAIS UMA VEZ. DEPOIS NOS DEIXA A NECESSIDADE DE CORRERMOS À LITERATURA NIETZSHIANA, REVISITAR ZARATUSTRA, O SÁBIO ERMITÃO
JUSTAMENTE POR NOS COLOCAR FRENTE A FRENTE CONOSCO, VALE MUITO A PENA ASSISTIR À OBRA. FICA AÍ A DICA.