O Brasil avança em conquista de maturidade enquanto Nação e, mais ainda como Democracia.
Vencemos mais um pleito eleitoral, no qual, em diversos momentos, a própria Democracia se viu agredida e até negada...
Inegavelmente percebemos um país fortemente dividido...
O resultado extraído das urnas (nesse momento em nada questionadas) reflete mais que um resultado eleitoral. Ele deveria expressar o traçado para os dias vindouros. Mas não...
A luta prossegue e precisa prosseguir!!! Encerramos um pleito eleitoral no qual o que vimos e assistimos foi uma campanha da falsa notícia, da anti-notícia, da falsa informação ou sub-informação ou ainda da deturpação da informação... Uma campanha em que venceu a Não-Política, a não apreciação de propostas e também de necessidades. Aqui me recordo do que nos ensina Aristóteles em sua obra A Política:
(...) *a república ou politia, isto é, o governo popular que cuida do bem de toda a cidade. (Não nos esqueçamos que cidade aqui era o Estado como um todo).
Portanto o que vimos foi uma campanha onde não se refletiu o bem de toda a cidade. Uma campanha que chega ao fim e o eleitorado não sabe ao certo qual foi o programa eleito, quais as principais diretrizes que guiarão os passos de um país para os próximos quatro anos. Uma campanha da qual quem foi eleito negou-se a fazer política; DEBATER!
Pior que isso, estamos diante de uma legitimação de discursos absurdamente anti-humanos; diante da legitimação da exaltação à tortura e à intolerância; diante de uma maioria que preferiu legitimar o discurso pró-armas, embora seu executor se coloque como alguém pró-vida...
Isso tudo é pior, porque comprova que nos encontramos em um momento da humanidade em que a criatura humana tem bem menos valor que as posses e que, na defesa destas, são sobrepujadas, postas ao largo da História tal qual a narrativa do Bom Samaritano, registrada em Lucas 10:25-37, qual aqueles que deveriam dar testemunho do que pregavam, passam ao largo de quem se vê açoitado à margem do caminho...
Mas a História do mundo cristão é repleta de episódios outros em que, em nome do Evangelho de Paz e de Amor, de Acolhimento, cometeram-se barbáries as mais terríveis. barbáries que ainda estamos distantes de superá-las...
Reafirmo que a luta necessita prosseguir. bem como a confiança no amanhã. Peço a Deus e a Seus Emissários que sejamos todos (pseudo vencedores e pseudo perdedores) capazes de corrigir nossos erros e permanecer trilhando o caminho da política proclamada por Aristóteles 300 a.C., buscando o bem comum acima dos particulares e exercendo essa arte em favor da humanidade, como preconiza o Evangelho.
Peço ainda a Deus que os discursos de extermínio, de perseguição de negação de direitos básicos como a terra e a moradia, entre outros tantos discursos absurdos realizados por Jair messias Bolsonaro, não tenham passado de bravatas eleitoreiras com fins marqueteiros para impressionar multidões enceguecidas e famintas de por barbaridades , ainda que tão somente verborrágicas.
Avante Brasil!!! Avante, a luta não pode cessar. Nenhum presidenciável eleito poderá construir o futuro que queremos se cada um de nós não fizer a sua parte, não der a sua contribuição.
O Brasil somos todos nós que lutamos todos os dias e que sofremos as dificuldades que sabemos, mas que não desistimos.
Avancemos juntos!!! Nos abracemos juntos e reforcemos em nosso caminhar os gestos humanitários exemplificados no caminho entre Jerusalém e Jericó e reforçados por Paulo, o Apóstolo dos Gentios em sua 1ª Carta aos Corintios, cap. 13**:
1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
3 E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
4 O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
5 Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
6 Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
7 Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
8 O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
9 Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
10 Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
11 Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
12 Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.
*https://www.sabedoriapolitica.com.br/filosofia-politica/filosofia-antiga/aristoteles/
**https://www.bibliaonline.com.br/acf/1co/13
**https://www.bibliaonline.com.br/acf/1co/13